Tradução do blog

domingo, 29 de junho de 2014



Uma das principais vozes no Brasil contra o tráfico de animais silvestres acaba de receber um grande reconhecimento pelo seu trabalho da mais importante e conhecida publicação internacional sobre o meio ambiente.
A pesquisadora, doutora em biologia genética e diretora executiva da Freeland Brasil, Juliana Machado Ferreira, foi escolhida com outros trezes jovens do mundo inteiro como Emerging Explorer 2014 da National Geographic Society. Segunda a entidade, as pessoas que recebem este título são cientistas, contadores de histórias e inovadores. O programa investe e apoia estes jovens que, de acordo com a publicação, são os visionários do amanhã: realizando descobertas, fazendo a diferença e inspirando pessoas a cuidar do planeta.
A brasileira também é uma TED Senior Fellow, integrante da famosa comunidade de palestrantes de destaque do mundo inteiro.
Juliana acaba de voltar de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, onde recebeu o título e conheceu os demais Emerging Explorers deste ano. Conversamos com ela e nesta entrevista a pesquisadora nos conta sobre a importância da nomeação e os projetos com que está envolvida no momento.
Foi uma surpresa receber a nomeação da National Geographic?
Foi. Eles me procuraram no final do ano passado comunicando que eu havia sido selecionada. Alguém tinha indicado meu nome e depois disso um comitê de análise escolheria os quatorze finalistas. O processo incluiu algumas entrevistas por skype.
O que é exatamente o programa Emerging Explorer?
A National Geographic tem outro programa chamado National Geographic Explorers, com pessoas muito importantes que já fizeram grandes contribuições para o planeta, como a pesquisadora e ativista pelos oceanos Silvia Earle e o antropólogo Lee Berger. E a National acredita que os Emerging Explorers serão os futuros National Explorers. Eu me tornei bióloga por causa do Jacques Cousteau e da Jane Goodall. Eles imaginam que daqui a alguns anos outras pessoas vão se tornar biológas por causa da gente. A National aposta que seremos responsáveis por grandes pesquisas, alterações nos nossos respectivos campos de trabalho, vamos causar mudanças importantes.
Qual a sensação de receber este título?
É uma honra fenomenal. Quando eles anunciaram e chamaram no palco em Washington os emergentes, foi muito legal. Na plateia havia muitas pessoas da National Geographic que eu admiro e  elas estavam nos aplaudindo de pé. Foi uma sensação incrível para quem cresceu lendo a revista, cresceu assistindo documentários de Jacques Cousteau e Jane Goodall.
A partir de agora, o que muda na sua vida profissional?
Segundo eles, agora fazemos parte da família National Geographic SocietyQuando eu estava em Washington, fui apresentada a diversos setores deles: televisão, revistas, educação, crianças, conteúdo digital. Tive reuniões com eles e vi formas de colaborar e como eles podem me ajudar a dar luz às questões com as quais trabalho. Um dos meus colegas do Emerging Explores é um cara incrível e acabou de encontrar um esqueleto de dinossauro, único no mundo. Ele já vai colaborar com um especial para a revista de setembro e para a televisão. É um trabalho que dará notoriedade para todos nós e também contribuirá para o conteúdo da National.
Haverá colaboração também entre o próprio grupo?
Sim, pretendo colaborar já com uma das minhas colegas do Emerging Explorers. Estamos planejando que no ano que vem ela venha passar um mês aqui no Brasil. O programa também espera isso de nós, que sejamos um grupo coeso.
E como anda sua participação no TED?
Todos os fellows têm acesso a um grupo privado numa rede social, onde nos ajudamos, colocamos questões, pedimos colaborações. Há uma rede de contato superforte e poderosa. As pessoas são muito pró-ativas e isso auxilia na hora de conseguir indicações. Na prática, funciona de verdade! Estive num encontro com eles no ano passado no Canadá e vou encontrar novamente o grupo no próximo TED Global no Rio de Janeiro, em outubro.
Como a participação na comunidade auxiliou sua carreira?
Minha vida virou, mudou completamente de uma maneira muito positiva. Tive um enorme amadurecimento pessoal e profissional. Pessoalmente, me tornei uma cidadã do mundo. Profissionalmente, aprendi muito e amadureci meu trabalho. Antes ele era menor e mais localizado, hoje é mais amplo. De um doutorado em genética, atualmente faço colaborações internacionais para mudar a maneira como se trabalha o tráfico de animais silvestres de forma regional na América do Sul. Acabei de ter reuniões no Departamento de Estado e Justiça Americanos para tecer colaborações e fazer com que o trabalho tenha um impacto muito maior. E isso foi sobretudo graças ao TED, que me mostrou que eu precisava ampliar meu estudo. Ter uma palestra no TED é um cartão de visitas fenomenal. Fiz a palestra em 2010 e ainda hoje recebo emails de pessoas sobre ela.
E com quais projetos você está envolvida atualmente?
Na Freeland Brasil, uma organização que iniciei há uns dois anos, estamos colaborando com a realização de um documentário de uma produtora brasileira sobre o tráfico de animais silvestres no país. Também estou trabalhando junto com uma aluna continuando a pesquisa que fiz no doutorado. Ela está estudando o DNA de uma espécie de pássaro brasileiro muito explorado no tráfico. Estou ainda trabalhando muito na organizarção de um workshop para discutir a questão do tráfico de animais silvestres no Brasil com procuradores de todos os estados brasileiros e de diversos países da América do Sul, em colaboração com a Dr. Vânia Tuglio, do Ministério Público do Estado de São Paulo. Pretendemos lançar uma força tarefa nacional e tecer uma carta de intenções sobre como podemos colaborar de maneira mais forte multinacionalmente com ações efetivas contra o tráfico de animais silvestres na região.

matéria enviada by Dhannya Dharma

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Os jovens estão bebendo demais na balada?

 Cíntia Marcucci

Tomar porres na adolescência é comum, mas expõe seus filhos a riscos que podem ser evitados com um consumo moderado. Saiba como conversar com eles para contornar a situação

Seu filho sai para a balada com os amigos e acorda mal-humorado, com dor de cabeça e sede. Você percebe que é ressaca e fica preocupada. A adolescência é mesmo a fase em que os jovens experimentam bebida. Uma pesquisa do IBGE com estudantes do Ensino Médio apontou que metade deles já havia provado álcool antes dos 13 anos.

 Outro estudo, feito em São Paulo, mostra que os maiores de 13 anos andam bebendo demais em uma mesma noite. "Tomam uma média de cinco doses em um dia só", diz Zila Sanchez, professora de medicina preventiva da Unifesp e uma das coordenadoras do levantamento.

A bebedeira é um problema para qualquer um, mas pode ser ainda mais perigosa para as meninas. "Os efeitos do álcool no organismo da mulher são mais fortes, por isso elas ficam embriagadas com mais facilidade", diz Zila.

E, com álcool no cérebro, juízo e reflexos vão embora, deixando os jovens mais sujeitos a sexo sem proteção, acidentes de trânsito e a todo tipo de encrenca que pode acabar mal. Veja aqui como orientar seu filho sobre esse assunto tão sério.

Conheça os perigos para as garotas
· Por causa da diferença com que o organismo feminino absorve o álcool, as meninas ficam bêbadas mais rapidamente e com menos bebida.

· Tanto elas quanto eles perdem a capacidade de tomar decisões conscientes e podem fazer sexo sem camisinha. Além de todo o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, as meninas podem acabar tendo que enfrentar uma gravidez indesejada.
· Elas ficam mais expostas à violência sexual por não estarem em condições nem de se defender e nem de sequer perceber as más intenções de alguém.

· Embora as brigas sejam mais comuns entre meninos, as meninas podem acabar se envolvendo nesse tipo de situação também.

· Mesmo que não esteja dirigindo, ela corre mais risco de pegar carona com alguém embriagado.


Saiba que atitudes tomar no dia a dia
· A maioria das pessoas experimenta o álcool dentro de casa. Mesmo que seja um golinho só numa festa em família, isso pode abrir portas para eventuais abusos no futuro.
· Lembre-se: é crime vender ou mesmo oferecer álcool para menores de 18 anos.

· Evite ter bebidas em casa. Quando der uma festa, compre uma quantidade moderada.
· Adultos são o exemplo: se você ou seu marido bebem demais, ficará mais difícil controlar os filhos.

· Se você gosta de tomar uma cervejinha ou um vinho, evite fazer isso com muita frequência.
· Explique o seguinte: beber com moderação em eventos sociais é sinal de maturidade, mas isso só pode ser feito depois dos 18 anos.

Observe seu filho e chame para conversar
· Procure estar acordada quando seu filho chegar de uma festa ou tente buscá-lo nos eventos. Confira se ele está com a voz pastosa e agindo normalmente.

· Repare como está a coordenação motora e o andar do jovem.
· O cheiro do álcool fica bastante tempo na boca e também é exalado pelo suor da pessoa. Se você sentir um cheiro forte no quarto enquanto o adolescente dorme, converse depois.
· É normal o adolescente ter alterações de humor nessa fase da vida, mas isso também pode ser sinal de uso abusivo de álcool ou outras drogas. Observe-o.

· Se perceber que seu filho bebeu, tenha uma boa conversa com ele. Adolescentes não costumam se preocupar com o futuro, não adianta falar do risco de alcoolismo ou cirrose. É melhor falar sobre os perigos que ele corre, como o de sofrer um acidente ou se meter em brigas feias.

· As meninas vêm ingerindo tanta bebida quanto os garotos. No organismo delas, o álcool tem um efeito ainda mais potente. Fale com sua filha! 
Revista  Ana Maria.

matéria enviada by Dharma - encontrando-se também no blog:


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